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Campus:
CAMPUS CAMOCIM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
MÃOS NA MASSA II ETAPA
Área Temática:
Tecnologia e Produção
Linha de Extensão:
Desenvolvimento de Produtos
Data de Início:
12/02/2020
Previsão de Fim:
09/06/2020
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
80
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
120
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Camocim
Formas de Avaliação:
Frequência
Participação
Trabalho em grupo
Formas de Divulgação:
Cartaz
Folder
Redes sociais
Site institucional
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Orlando Cantuario de Assuncao Filho
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Adriana dos Santos Felix IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Ana Carla Oliveira de Sousa IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Davi Alves de Paulo IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Francinaldo do Nascimento Teles IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Francisca Veronica Moura IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Francisco Antonio do Nascimento Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Francisco Weskley Bezerra dos Santos IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Iveline Silvestre Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
João Victor Belchior Alves IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Luana Araujo Borges IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Maria da Conceição Morais de Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Marina Alice Mendes de Queiroz Ferreira Silva IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Matheus Lucas Camilo dos Santos IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Orlando Cantuario de Assuncao Filho IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 12/02/2020 09/06/2020
Patricia de Freitas Oliveira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Sheila Souza de Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 12/02/2020 09/06/2020
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO CONJUNTO DA BOA ESPERANÇA Não
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Encargos Patronais 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Material de Consumo 600,00
Vínculos:
Ação Tipo
Educação Alimentar e Nutricional Evento
A juventude quer viver: a violência policial x expressões culturais da juventude Evento
Curso de Promotor de Eventos Evento
Apresentação
O curso técnico em restaurante e bar, do eixo hospitalidade e lazer, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Camocim, oferece às comunidades locais, a oportunidade de ingresso, via processo seletivo de um número de 30 (trinta) vagas, para que os futuros discente cursem toda a matriz curricular em um período de um ano e seis meses, matriz esta que consta de componentes curriculares como habilidades técnicas e culinárias, estudos de bebidas, fundamentos de alimentos bebidas, práticas de eventos e outras. Ao longo desse período, os setores de controle e combate a evasão escolar, tem verificado que os discentes, ao se aproximarem do segundo semestre, tendem a evadir-se do curso, por vários motivos, o que tem motivado mais ainda, às comissões voltadas às demandas de evasão escolar, buscarem estratégias e ferramentas com objetivo de atenuar os efeitos que levam os nossos discentes a abandonarem a sala de aula. Nesse sentido, o presente projeto, como forma de contribuir para uma não evasão discente, particularmente, no curso técnico em restaurante e bar, alinha-se às perspectivas, sobretudo pedagógicas educacionais do ensino profissional, no interesse de proporcionar um espaço de construção de conhecimentos e desenvolvimento de práticas pedagógicas, que possam reforçar e fomentar uma maior participação do sujeito discente, este, inter-relacionando-se com os conteúdos curriculares das componentes específicas do curso técnico. Essa proposta toma como pressuposto, a emancipação de uma escola que, ao permitir espaços de construção de conhecimento, no nosso caso específico, o ensino técnico profissional, não atende aos interesses dicotômicos e dualistas formadores de sujeitos para atenderem unicamente o mercado de trabalho, mas compreende que a construção do conhecimento se faz e se dá no e pelos sujeitos. Dessa forma, o projeto que se quer realizar funda-se no preceito de que, os conteúdos em geral, das componentes curriculares específicas, sejam permitidos construírem-se, também, a partir de um ensino/aprendizagem discente, ou seja, o campo de diálogos de conteúdos gerais, entre professor/mediador e discente, permite0se de fértil, aberto, expansivo, dialético, de forma à alimentar a perspectiva de uma nova construção de conhecimento, este agora, podendo contribuir efetivamente, para a própria formação técnico-profissional, atuando dessa forma como uma ferramenta atenuante contra os efeitos e causas da evasão. Nessa proposta de projeto contra a evasão escolar, no ensino técnico profissional, o que se apresenta são elementos que buscam constranger o distanciamento, afastamento e total abandono dos discentes da sala de aula, do espaço de ensino/aprendizagem técnico profissional, ou seja, as estratégias que pretende-se efetivar, requerem do espírito dialético os seus modos de ação e reação, possibilitando dessa forma um sentido de o discente, ser e pertença ao curso técnico de restaurante e bar. Busca-se, portanto, aproximar, através de práticas pedagógicas interativas, ou seja, o discente passa a construir com o a colaboração do professor mediador, conhecimentos que, através de um crivo pedagógico-educacional, se posicione como de interesse das componentes curriculares específicas, do curso técnico. Isso, leva-nos a acreditar na construção hegeliana de que a verdade é o todo, pois, ao transferirmos seu sentido filosófico para uma verdade ou materialidade de práticas pedagógicas, no interesse de uma escola de ensino técnico profissionalizante, estamos compreendendo que no intento de ensinar, aprendemos a ensinar e somos ensinados a aprender. Ao revelar-se e apresentar-se como sujeito, também de construção, o discente do curso técnico de restaurante e bar, passa a contemplar e tornar exemplo a sua obra, ou seja, ele se reconhece no que construiu, pois como enfatiza Barato (2008), em termos gerais, uma atividade pode ser definida como qualquer processo no qual um sujeito está em interação com o mundo, ‘daí, nosso interesse em estender o mundo da sala de aula até às comunidades, pretendo no sujeito discente, o protagonista da atividade, no interesse das práticas pedagógicas discentes. Desse modo, a intenção desse projeto é, de forma colaborativa construir juntamente com os discentes, no âmbito e no decorrer do curso técnico de restaurante e bar, estratégias para amenizar a evasão escolar, favorecendo uma maior interação, participação e compromisso discente com a escola e a comunidade, através de ações e reações socioculturais, educativas, tecnológicas e humanas. Portanto, o interesse do projeto, interessa á uma político-pedagógicas, na perspectiva de uma construção de práticas pedagógicas interativas, materializadas e de completude a partir do sujeito discente, como forma de combater a evasão escolar no curso técnico em restaurante e bar, pois o seu viés busca permitir espaços de liberdade e construção de conhecimentos entre professores e discentes, de forma autônoma e comprometida com os interesse das comunidades locais.
Justificativa
A proposta do projeto fundamenta-se na necessidade de se propor à formação técnica outras oportunidades de acesso à formação do saber. Como vários autores assinalam, historicamente a formação técnica tem sua variante apenas na aquisição do conhecimento para uma função para atender uma demanda do mercado de trabalho. Porém compreendemos que a atividade educativa deve ser mais abrangente possível, tendo em vista as habilidades técnicas e a correlação com o currículo, ementa e proposta do curso, como também perceber os estudantes como sujeitos que constroem conhecimentos, permitindo dessa forma, a valorização dos saberes/fazeres e fazeres/saberes locais. Dento do contexto da realidade local, verificamos a necessidade de incluir o discente, de forma mais cumpliciante e comprometido com a missão e visão da instituição educacional, cientifica e tecnológica. Pretende-se, através de práticas pedagógicas extraclasse, que o discente compreenda pelas ações planejadas e desenvolvidas com e na comunidade, o seu lugar de sujeito transformador e multiplicador de ações, permitindo-lhe participar onilateralmente do processo de construção de uma escola que avança além de práticas pedagógicas, restritas somente, à sala de aula. O envolvimento discente na organização, planejamento execução e desenvolvimento de práticas de ensino/aprendizagem pode resultar em um maior interesse pela formação técnica-profissional, efetiva e ambientada nos interesses do lugar de ação, permitindo assim, uma desaceleração nos índice de evasão escolar. Além do mais a associação do bairro boa esperança é uma localidade pensada para o desenvolvimento da atividade, pois possui infraestrutura necessária para um bom desenvolvimento das atividades. Fundada em 2002, possui sede própria. Em 2016 havia 192 associados, desenvolvimento de parcerias com a municipalidade. Somado a estes números, em dados do q-acadêmico, cerca de 50 estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, campi Camocim, nos diversos cursos, residem nesta localidade.
Público Alvo
Moradores e moradoras do bairro Boa Esperança.
Objetivo Geral
Incentivar a produção de conhecimentos na formação técnica,educacional e tecnológica dos discente do curso Técnico e Restaurante e Bar, junto à comunidade local.
Objetivo Específico
Produzir materiais didáticos para apropriação do curso; Realizar oficinas temáticas de alimentos e bebidas na comunidade; Aproximar o IFCE das comunidades locais; Reduzir os índices de evasão do curso técnico Proporcionar espaço de inclusão e participação de mulheres e homens na construção de conhecimento.
Metodologia
A importância da proposição metodológica de um projeto coloca-se pelo estabelecimento dos caminhos que as ações irão seguir, tendo em vista os objetivos a serem alcançados. Pelo fato do projeto compor-se de etapas, a metodologia cumpre seu papel de nortear os fundamentos da ação problematizadora da atividade de extensão. Neste sentido, o projeto apresenta uma perspectiva interventiva em que os estudantes, sob supervisão de técnicos e docentes farão oficinas numa associação comunitária. Tais oficinas estarão voltadas para práticas descritas conforme as competências e habilidades já preconizadas nas ementas e no currículo do curso. Além das oficinas temáticas, também enfocaremos a sistematização dos saberes O projeto de extensão será realizado com os estudantes do curso técnico com o apoio da coordenação de curso, docentes, assistência estudantil e técnicos administrativos que sintam-se convidados a participar do projeto de extensão. Ao todo serão três (03) módulos subdivididos em dois encontros para cada um, totalizando (06) seis encontros. No módulo I, trabalharemos práticas sobre massas básicas. No módulo II, as atividades estarão focando conteúdos sobre massas e por fim no módulo III, trabalharemos as produções de petiscos e salgados. É importante frisar que em todas as oficinas será desenvolvido também práticas que envolvam as bebidas correspondentes ao tipo de alimento em produção. Cada oficina terá capacidade para quinze participantes. Dentro das práticas das oficinas os estudantes participarão de formação continuada para melhor entendimento do papel da extensão comunitária, formação técnica correlacionando às necessidades básicas do curso. Tais atividades ocorrerão quinzenalmente, intercalado com atividades integrativas. As atividades integrativas têm o papel de fazer com que o grupo de extensionistas possa apropria-se do espaço comunitário e possa propor diferentes atividades que não sejam as exclusivamente técnicas que envolvam alimentos e bebidas. Como trata-se de uma extensão e haverá uma inserção comunitária é preciso que os estudantes também compreendam que é fundamental uma proposição mais humanizada, além de um repasse apenas de técnicas sobre alimentação. Nestes momentos serão propostos, palestras, dinâmicas, vivências, círculo de cultura e atividades diversas que tenham o objetivo de sensibilizar, conscientizar e fortalecer os vínculos do grupo extensionista com a comunidade. É de fundamental importância para que o projeto, possa apropriar-se do espaço e de construir uma relação saudável de uma imersão cultural e não de uma invasão que se entra na comunidade numa relação predatória ou de considerá-los inferiores. O projeto de extensão que ora estamos colocando em pauta, tem por principal estratégia metodológica a Pesquisa – ação, que segundo Barbier (2007) é definida como: A pesquisa-ação torna-se a ciência da praxis exercida pelos técnicos no âmago de seu local de investimento. O objeto da pesquisa é a elaboração da dialética da ação num processo pessoal e único de reconstrução racional pelo ator social. Esse processo é relativamente libertador quanto à imposição dos hábitos, dos costumes e da sistematização burocrática. A pesquisa-ação é libertadora, já que o grupo de técnicos se responsabiliza pela sua própria emancipação, auto-organizando-se contra hábitos irracionais e burocráticos” (p.59) Neste sentido, como é intenção do projeto a produção de conhecimento elaborada pela praxis, estaremos fazendo produção de dados que é coemergente com a ação. A citação acima fala do movimento dialético, pois há uma interlocução constante com o local da prática e a reconstrução de sentidos. Ou seja, os próprios estudantes do curso técnico terão oportunidade de praticar as suas habilidades relacionadas ao curso técnico, como também refletir sobre suas vivências como extensão. O passo seguinte da proposta metodológica é a sistematização desta prática vivenciada em campo. A organização dos saberes/fazeres – fazeres/saberes dar-se-ão por meio de registros audiovisuais, diários e relatórios. Esse material passará por um processo de qualificação com o objetivo de preparar um material de uso do próprio curso, ou seja, o saber/fazer construído em campo retornará como ferramenta de ensino/aprendizagem a ser compartilhado no próprio curso Técnico em restaurante e Bar.