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Campus:
CAMPUS MARANGUAPE
Tipo da Ação:
Programa
Título:
Programa Qualificar - Um projeto de Aquicultura Social e Economicamente Sustentável no Município de Maranguape
Área Temática:
Tecnologia e Produção
Linha de Extensão:
Segurança Alimentar e Nutricional
Data de Início:
23/12/2022
Previsão de Fim:
23/12/2023
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
200
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
600
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Captação de recursos externos
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Maranguape
Paracuru
Formas de Avaliação:
Frequência
Participação
Prova
Trabalhos Escritos
Formas de Divulgação:
E-mail
Folder
Redes sociais
Site institucional
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Francisca Deuzenir Marques Anselmo
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Francisca Deuzenir Marques Anselmo IFCE Coordenador Docente IFCE Sim 6 23/12/2022 23/12/2023
João Lucas Cajazeiras Viana IFCE Integrante Discente IFCE Sim 8 23/12/2022 23/12/2023
Manoel Paiva de Araujo Neto IFCE Integrante Docente IFCE Sim 3 23/12/2022 23/12/2023
Maria Eduarda Justino Araujo IFCE Integrante Discente IFCE Sim 8 23/12/2022 23/12/2022
Max William de Pinho Santana IFCE Integrante Docente IFCE Sim 3 23/12/2022 23/12/2023
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Dnocs Não
Centro Técnico e vocacional de Maranguape Não
Orçamento:
Conta Valor
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Encargos Patronais 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Material de Consumo 60.000,00
Equipamento e Material Permanente 300.000,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 30.000,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 8.000,00
Vínculos:
Ação Tipo
Surf, Meio Ambiente e Aprendizagem: práticas integradoras entre a formação de professores do IFCE Campus Paracuru e a Comunidade Projeto
Inventário socioambiental: mapeamento das ações pró sustentabilidade impulsionadas pela Cáritas Brasileira - Regional Itapipoca Projeto
Apresentação
Este projeto foi apresentado à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE), tendo sido aprovado para receber recursos advindos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Através da oferta de capacitação em diversos níveis e o uso de um Entreposto Móvel para Processamento do Pescado (EMPP) teremos uma excelente ferramenta para dar suporte tecnológico a colônia de pescadores no município de Maranguape. O projeto está dividido em duas etapas sendo a primeira focada na capacitação e treinamento junto ao entreposto móvel para produtores da colônia de pescadores do município de Maranguape e a segunda, em paralelo, com o foco na capacitação e avaliação higiênico sanitária do pescado, desde a captura até a comercialização. A estrutura dos campi Maranguape e Paracuru do IFCE, a oferta de capacitação em diversos níveis e a importância do EMPP considera especialmente o propósito do desenvolvimento desta atividade tão presente e prioritária para o Estado. Este projeto apresentado pelo IFCE visa o auxílio aos produtores (pescadores) no processamento da carne de peixe, a contribuição para qualificação dos produtores, a geração de produtos de pescado com qualidade e rastreabilidade do produto, a redução da clandestinidade, a melhoria da qualidade da carne, a importância de adotar boas práticas ao manipular o pescado, desde a captura até a comercialização.
Justificativa
No Ceará há uma grande quantidade de produtores de pescado que não atendem a legislação quanto ao abate e beneficiamento adequado. Muitos desses produtores praticam suas atividades nas margens dos açudes públicos, poluindo o seu entorno, comprometendo a qualidade das águas, não atendendo as exigências sanitárias em relação ao abate e consequentemente não estando aptos a terem o Selo de Inspeção Estadual, muito menos o Federal. No que concerne à segurança alimentar, o pescado clandestino, é uma questão de saúde pública, para todos os países. A contaminação microbiológica e química em alimentos é uma das principais causas de doenças. Doenças de origem alimentar continuam a ser um real e enorme problema em países desenvolvidos e em desenvolvimento, causando ao homem grande sofrimento e perdas econômicas significativas e ao uso de práticas artesanais e/ou industriais inadequadas que dão como resultado produtos de qualidade inferior ou até mesmo deteriorados. Além disto, é comum que o transporte da matéria prima das pisciculturas até o entreposto tradicional (fixo) mais próximo demande grandes deslocamentos, dependendo de fatores como: produção de frio (gelo), estradas e transportes adequados, sendo um processo moroso, de alto custo, podendo comprometer a qualidade do pescado, caso as condições adequadas de resfriamento e transporte não sejam atendidas ou estimulem a clandestinidade. Mais especificamente, no município de Maranguape, a colônia de pescadores Z 37, possui cerca de 200 filiados, que utilizam a estrutura de sete açudes para a produção de tilápia e pesca artesanal de espécies diversas de água doce, com a maior parte da área inserida no distrito de Amanari. Destaca-se ainda que a estação de piscicultura Amanari, do DNOCs, apoia e dá suporte na produção de alevinos para produção de peixes em tanques rede nos açudes da região, chegando a uma distribuição de 30 mil espécimes no ano de 2020. Contudo, em visitas realizadas na região, foi constatado a precariedade no processo de captura, com embarcações precárias e acondicionamento inadequado, no processamento, com evisceração nas margens dos açudes e descarte inadequado nas águas dos açudes, comprometendo diretamente na qualidade do produto comercializado. Assim os pescadores da colônia deixam de aproveitar a totalidade de seu potencial produtivo, que poderia contribuir para aumento de sua competitividade, gerando mais emprego, renda e melhor qualidade de vida para a população, bem como na desigualdade na dotação de requisitos para o desenvolvimento em porções específicas da região. Isto implica em regiões menos dinâmicas, com infraestrutura produtiva frágil e reduzidas oportunidades de desenvolvimento, o que induz a uma movimentação populacional em direção aos espaços mais dinâmicos, desequilibrando a rede de cidades brasileira. Observando essa problemática a proposta apresentada a SUDENE pelo IFCE, visa à qualificação de até 200 pescadores filiados a partir do Programa Qualificar, um projeto de Aquicultura Social e Economicamente Sustentável no Município de Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza. É importante salientar que a proposta desse projeto se caracteriza como um fechamento da cadeia de produção de pescado já existente, que vem sendo estimulada pela SUDENE na região de Maranguape. No ano passado, um dos projetos aprovados para execução contempla Estruturar um Centro de Tecnologia, Pesquisa e Inovação de Pescado Sustentável para o Semiárido através de um programa de qualificação técnica permanente para pescadores, piscicultores, jovens e produtores rurais, localizado no município de Maranguape-CE, cujo objetivo é atuar em projetos e iniciavas junto as unidades do DNOCS e Rede de Parceiros. O projeto citado, já em execução em parceria entre o DNOCS e o INSA, tem por objetivo trabalhar os aspectos relacionados a piscicultura durante a atividade produtiva do pescado. Ademais atua diretamente ao provimento de infraestruturas para o desenvolvimento das atividades produtivas em suas múltiplas escalas, por meio da resolução de gargalos nos processos produtivos em piscicultura e de beneficiamento, perfazendo assim, o apoio a toda cadeia de valor e promovendo sua dinamização, inclusive com implantação de estruturas físicas para apoio a produção, suporte ao beneficiamento, capacitação para a comercialização e de apoio logístico além de aquisição de equipamentos materiais e insumos, intercâmbio de produtores, eventos técnicos e de comercialização, e fomento ao associativismo e cooperativismos como opção de organização social e produtiva. Considera-se que a proposta Programa Qualificar - Um projeto de Aquicultura Social e Economicamente Sustentável no Município de Maranguape, e a utilização de um Entreposto Móvel para Processamento do Pescado (EMPP) como ferramenta para dar suporte tecnológico a colônia de pescadores é bastante aderente a essa ação, visto que ele traz de forma estruturada, um ambiente físico adequado para se trabalhar os aspectos de beneficiamento do produto pós-produção. Isso é bastante relevante, por demonstrar todo o fechamento da cadeia produtiva do pescado, ampliando possibilidades de geração de emprego e renda nas diversas etapas. Além desses aspectos, considera-se que a mobilidade do Entreposto Móvel de Processamento do Pescado (EMPP) possibilitará além do cumprimento do objetivo dessa proposta, mas também permitirá o fortalecimento de outras ações já desenvolvidas pela SUDENE no âmbito da piscicultura da região de Maranguape, além de estar relacionada com o Programa 2217, Desenvolvimento Regional, Territorial e Urbano, e com as ações 214S, Estruturação e Dinamização de Atividades Produtivas, e 8340, relacionado aos gargalos e potencialidades e propor soluções inovadoras que aumentem a competitividade dos setores produtivos.
Público Alvo
• Colônia de Pescadores do Município de Maranguape - Z 37 (aproximadamente 200 pescadores filiados) e seus familiares que também poderão participar dos cursos de qualificação.
Objetivo Geral
O Objetivo Geral da Proposta é garantir a melhoria da qualidade do pescado produzido e processado pelos pescadores filiados ao Colônia Z 37 no Município de Maranguape.
Objetivo Específico
à oferta de capacitação em diversos níveis e o uso de um Entreposto Móvel para Processamento do Pescado (EMPP) como ferramenta para dar suporte tecnológico a colônia de pescadores no município de Maranguape, com mobilidade e estrutura adequada diretamente nos locais onde ocorre a produção do pescado, permitindo assim melhor qualidade e diversidade de produtos ofertados, com atendimento às exigências sanitárias, recolhimento e aproveitamento dos resíduos gerados pela produção de pescado da região.
Metodologia
No município de Maranguape, a colônia de pescadores Z 37, possui cerca de 200 filiados, que utilizam a estrutura de sete açudes para a produção de tilápia e pesca artesanal de espécies diversas de água doce, com a maior parte da área inserida no distrito de Amanari. Destaca-se ainda que a estação de piscicultura Amanari, do DNOCs, apoia e dá suporte na produção de alevinos para produção de peixes em tanques rede nos açudes da região, chegando a uma distribuição de 30 mil espécimes no ano de 2020. Contudo, em visitas realizadas na região, foi constatado a precariedade no processo de captura, com embarcações precárias e acondicionamento inadequado, no processamento, com evisceração nas margens dos açudes e descarte inadequado nas águas dos açudes, comprometendo diretamente na qualidade do produto comercializado. Assim os pescadores da colônia deixam de aproveitar a totalidade de seu potencial produtivo, que poderia contribuir para aumento de sua competitividade, gerando mais empregos, renda e melhor qualidade de vida para a população, bem como na desigualdade na dotação de requisitos para o desenvolvimento em porções específicas da região. Isto implica em regiões menos dinâmicas, com infraestrutura produtiva frágil e reduzidas oportunidades de desenvolvimento, o que induz a uma movimentação populacional em direção aos espaços mais dinâmicos, desequilibrando a rede de cidades brasileira. Observando essa problemática a proposta apresentada a SUDENE pelo IFCE, visa à qualificação de até 200 pescadores filiados a partir do Programa Qualificar, um projeto de Aquicultura Social e Economicamente Sustentável no Município de Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza. É importante salientar que a proposta desse projeto se caracteriza como um fechamento da cadeia de produção de pescado já existente, que vem sendo estimulada pela SUDENE na região de Maranguape. ETAPAS DO PROJETO. O projeto está dividido em duas etapas sendo: ETAPA 1: Aplicada aos beneficiários de Maranguape; ETAPA 2: Aplicada ao IFCE Campi Maranguape e Paracuru – Acompanhamento Higiênico-Sanitário Para o sucesso da realização da proposta, o IFCE irá dispor da expertise técnica e estrutural de dois Campi, o Campus Maranguape e o Campus Paracuru, e serão suporte para a realização das etapas 1 e 2 da proposta juntamente com o EMPP. Para tanto o IFCE Campus de Maranguape atuará com a logística e gestão do projeto no município, funcionando como ponto de apoio para realização de atividades de sensibilização, oficinas e capacitação, bem como ponto de localização do EMPP durante a execução do projeto, além de ponto logístico para coleta de amostras para o acompanhamento higiênico-sanitário nos laboratórios analíticos do IFCE Campus Paracuru. Já o Campus Paracuru realizará o acompanhamento higiênico-sanitário referente a realização da etapa 2, analisando amostras de carne de peixe coletadas em diferentes etapas do processo produtivo, mais especificamente, na captura, processamento e comercialização. Para tanto será utilizado a estrutura do Laboratório de Microbiologia, Laboratório de Química e Bioquímica e do Laboratório de Análises Ambientais. DESCRIÇÃO/ CRONOGRAMA DAS AÇÕES E METAS A SEREM DESENVOLVIDAS O projeto prevê o desenvolvimento das seguintes metas/etapas: Meta 1 - Estruturação do programa de qualificação dos pescadores, piscicultores e profissionais que atuam com pescado Etapa 1.1 – Desenvolver ações de sensibilização e seleção do público-alvo do projeto, com foco nas atividades de pesca e produção de pescado, envolvendo rede de parceiros locais para apoio e acompanhamento dessas ações. Produto: Público sensibilizado e selecionado Tempo: (Essa etapa já foi iniciada no mês de outubro e continuará até o final de dezembro) 10/2022 a 12/2022 - 2 meses Etapa 1.2 – Adquirir Entreposto Móvel para Processamento do Pescado (EMPP) Produto: Bem adquirido Tempo: 01/2023 Capital disponível - R$300.000,00 Etapa 1.3 – Adequar o Entreposto Móvel para Processamento do Pescado para realização das aulas práticas e Laboratório para acompanhamento higiênico sanitário. Produto: Adequações realizadas Tempo: 01/2023 - 1 mês Etapa 1.4 – Transportes do Entreposto Móvel para Processamento do Pescado para realização das aulas práticas (Serão realizados cursos FIC de 40 horas) Produto: Transportes realizado Tempo: 01/2023 - 1 mês Meta 2 – Implantar o programa “Qualificar” para capacitar os produtores e pescadores de pescado e profissionais que atuem no beneficiamento de pescado. Etapa 2.1 – Realizar as inscrições dos participantes nos cursos FIC (23 de janeiro de 2023 a 03 de fevereiro de 2023) Etapa 2.2 – Aquisição de Material de consumo para realização dos cursos de qualificação e acompanhamento higiênico-sanitário – Insumos para processamento e Insumos para avaliação de qualidade do pescado (fevereiro de 2023 a dezembro de 2023) OBS: Sabendo que alguns insumos têm caráter perecível, eles deverão ser adquiridos de acordo com a necessidade de cada curso. Etapa: 2.3 – Qualificar os beneficiários do programa através de cursos de média duração (FIC) de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, Técnicas de Beneficiamento do Pescado, Beneficiamento dos resíduos do pescado, Elaboração de derivados de pescado para agregação de valor e apresentar os protocolos estabelecidos pelos governos Federal e Estadual para retomada de atividades de empresas do setor alimentício. Período: fevereiro de 2023 a dezembro de 2023 OBS: O acompanhamento Higiênico-Sanitário será realizado concomitantemente ás qualificações e serão realizadas nos laboratórios de microbiologia de alimentos do Campus Paracuru. Meta 3 - Conteúdo a ser trabalhado: Carga horária total dos cursos será de 160h Educação Ambiental – 10h Noções de Qualidade - 10h Noções de Segurança no Trabalho – 10h Desenvolvimento Pessoal e Interpessoal - 10h Noções de Gestão Empreendedora - 10h Boas Práticas de Fabricação (BPF) – 20h Técnicas de Beneficiamento do Pescado – 48h Beneficiamento dos resíduos de pescado – 32h