Exibir Ação

Campus:
CAMPUS BOA VIAGEM
Tipo da Ação:
Programa
Título:
Centro de Inovação e Difusão de Tecnologias para o Semiárido
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Desenvolvimento Rural e Questão Agrária
Data de Início:
10/12/2021
Previsão de Fim:
07/06/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
200
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
5000
Local de Atuação:
Rural
Fomento:
Captação de recursos externos
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Boa Viagem
Crateús
Iguatu
Tauá
Formas de Avaliação:
Frequência
Participação
Relatório
Reunião
Seminário
Formas de Divulgação:
Redes sociais
E-mail
Site institucional
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Igo Renan Albuquerque de Andrade
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ana Glaudia Vasconcelos Catunda IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Ana Janaina Oliveira Rodrigues IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 10/12/2021 07/06/2024
Carlos Newdmar Vieira Fernandes IFCE Integrante Docente IFCE Sim 3 10/12/2021 07/06/2024
Gabriel Tavares de Melo Freitas IFCE Integrante Docente IFCE Sim 6 07/06/2021 07/06/2024
Heitor Silva Chaves IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Igo Renan Albuquerque de Andrade IFCE Coordenador Docente IFCE Não 6 07/06/2021 07/06/2024
Isac Gabriel Abrahao Bomfim IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 10/12/2021 07/06/2024
Jackson da Silva Santos IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 13/12/2021 07/06/2024
Jessica Maria de Paiva Abreu Teixeira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Joao Isaac Silva Miranda IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Joao Paulo Arcelino do Rego IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Joselito Brilhante Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Kelvia Jacome de Castro IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Kelvio Felipe dos Santos IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 10/12/2021 07/06/2024
Liandro Torres Beserra IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Marieta Maria Martins Lauar IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Reinaldo Bezerra Braga IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Rejane Saraiva de Santiago IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2023
Renato William Rodrigues de Souza IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 15/02/2023 07/06/2024
Ricardo Rodrigues de Andrade IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Samuel de Andrade Lima IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Saulo Anderson Freitas de Oliveira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 10/12/2021 07/06/2024
Valdenio Mendes Mascena IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 10/12/2021 07/06/2024
Weberte Alan Sombra IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/06/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Ministério do Desenvolvimento Regional Sim Termo de execução descentralizada
Orçamento:
Conta Valor
Encargos Patronais 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Equipamento e Material Permanente 3.673.464,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 180.000,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 435.600,00
Passagens e Despesas com Locomoção 5.000,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 232.500,00
Material de Consumo 1.073.996,00
Diárias - Pessoal Civil 9.440,00
Vínculos:
Ação Tipo
CIDTS em ação Projeto
Rebanho Fome Zero Projeto
Apresentação
O Centro de Inovação e Difusão de Tecnologias para o Semiárido é fruto de uma parceria entre o Instituto Federal do Ceará, campus Boa Viagem e o Ministério do Desenvolvimento Regional. Tem por objetivo principal, atuar no tripé INOVAÇÃO - CAPACITAÇÃO – GERAÇÃO DE PRODUTOS E NEGÓCIOS, através de uma plataforma inovadora, composta por unidades de capacitação, tecnologias de produtos e processos e incubadora de empresas, com o objetivo de integrar temas como economia circular, tecnologias da informação e comunicação e estratégias de profissionalização das cadeias produtivas do leite, mel, fruticultura e cordeiro.
Justificativa
Os setores pecuários têm demandado constantemente informações, tecnologias inovadoras e prestação de serviços, com intuito de obter resultados estruturais, econômicos e profissionalização das cadeias produtivas do leite, mel, fruta e cordeiro, constituintes básicos para a geração de novos negócios e renda. Com o tripé INOVAÇÃO - CAPACITAÇÃO – GERAÇÃO DE PRODUTOS E NEGÓCIOS, o Centro de Inovação e Difusão de Tecnologias para o Semiárido (CIDTS) atenderá os diversos eixos estratégicos pertencentes às rotas do leite, mel, fruta, cordeiro, TICs e economia circular, através de práticas de inovação tecnológica, extensão, capacitação e reciclagem técnica, suporte aos produtores e geração de um espaço dinâmico de negócios e startups. O Centro de Inovação e Difusão de Tecnologias para o Semiárido atenderá uma constante demanda do setor agropecuário em quatro regiões do Estado do Ceará (Sertão Central, Centro Sul, Inhamuns e Sertões de Crateús) através do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará nos Campi de Boa Viagem, Tauá, Iguatu e Crateús, na difusão de informações, tecnologias e prestação de serviços que possam alicerçar este constante crescimento principalmente das áreas de leite, mel, fruta, ovinos, TICs e economia circular. As economias mundiais a cada ano estão muito preocupadas com um meio ambiente mais saudável para todas as nações partindo do princípio da existência de uma produção com responsabilidade sustentável. A economia circular nasce inspirada na própria natureza, na qual nada é desperdiçado. Os ciclos naturais de reciclagem de recursos, mimetiza a natureza e a economia circular assume um significado essencial para o setor agropecuário com a finalidade de aplicar a lógica dos três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. Dentre os recursos naturais mais escassos no semiárido brasileiro, destaca-se a água, proporcionando ao produtor viver dilemas e desafios para o seu uso, seja para a agricultura ou pecuária. Como proposta de solução e fonte de inovação, permitindo a redução do uso de recursos naturais aliado com a recuperação de desperdícios e resíduos, a economia circular é um modelo que permite repensar as práticas econômicas da sociedade atual e que se inspira no funcionamento da própria natureza. No âmbito da formação de recursos humanos, a criação do CIDTS no campus do IFCE de Boa Viagem será a base para a oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada com vagas disponibilizadas de forma estratégica para a formação de públicos específicos como técnicos de Secretarias Municipais de Agricultura, Agentes Rurais, produtores e suas associações. Em outro aspecto, o fato do Campus do IFCE de Boa Viagem estar localizado no centro do Estado do Ceará e as margens da BR 020 com acesso rápido tanto a Capital do Estado quanto a região Sul, facilitará o atendimento às demandas das diversas rotas estratégicas implantadas nas demais regiões.
Público Alvo
Produtores rurais, empreendedores e técnicos
Objetivo Geral
Atuar no tripé INOVAÇÃO - CAPACITAÇÃO – GERAÇÃO DE PRODUTOS E NEGÓCIOS, através de uma plataforma inovadora, composta por centros de inovação e capacitação, desenvolvimento de tecnologias de produtos e processos e incubadora de empresas, com o intuito de integrar temas como economia circular, tecnologias da informação e comunicação e estratégias de profissionalização das cadeias produtivas do leite, mel, fruticultura e cordeiro.
Objetivo Específico
● Realizar diagnósticos e estabelecer o marco zero para avaliar os impactos dos investimentos realizados nas rotas do leite, mel, fruta e cordeiro; ● Desenvolvimento de Plano de sustentabilidade econômico financeira e de gestão do CIDTS; ● Criação e desenvolvimento da incubadora de empresas e disponibilização de uma plataforma virtual com tecnologias e dados de custos de produção com foco nas rotas da integração nacional; ● Desenvolvimento de aplicativos direcionados para as rotas da integração nacional; ● Construção e implementação dos núcleos de difusão tecnológica; ● Avaliação dos custos de produção dos diferentes sistemas e difusão tecnológica para produtores e técnicos das rotas da integração nacional (leite, mel, cordeiro, fruticultura, TICs e economia circular); ● Estímulo à inovação tecnológica e desenvolvimento de produtos e processos destinados à profissionalização das rotas;
Metodologia
Plano de Sustentabilidade Econômica e Financeira Será realizada a contratação de equipe técnica especializada para desenvolvimento do plano de sustentabilidade econômico-financeira e de gerenciamento do CIDTS, incluindo gestão integrada dos Laboratórios, compreendendo os seguintes produtos: ● Desenvolvimento de Layout de funcionamento do CIDTS; ● Cenários de gestão para gestão em parceria com entidade curadora privada; ● Elaboração da marca do CIDTS e consolidação no nome fantasia, inclusive com enquete online; ● Desenvolvimento de material de divulgação do CIDTS; ● Indicação de novos investimentos complementares ao CIDTS: ● Portfólio de projetos; Incubadora de Startups A promoção de apoio ao empreendedorismo local será o pilar principal da incubadora, que atuará desde a pré-incubação até a graduação das empresas (criação de startups). Para isso, entende-se que a incubadora inicie sua metodologia de execução com a sensibilização e prospecção de empreendimentos, de forma a viabilizar um ambiente de inovação de ideação e pré-incubação. Na fase de sensibilização, serão realizadas formações coletivas especializadas, como workshops, ateliês de ideias e disponibilização de material didático. Em seguida, a prospecção de empreendimentos, aliada à divulgação, será pautada em ações de desenvolvimento de site, utilização de redes sociais, divulgação de editais, realização de palestras junto à comunidade acadêmica e promoção de eventos. Em conjunto, estas ações visam à curadoria de potenciais empreendedores qualificados para a incubação de modelos de negócios inovadores e de impacto social. Após a transformação de ideias em produtos, processos e/ou serviços, bem como a maturação dos empreendedores, as empresas pré-incubadas estão aptas a estruturar-se em ambientes de mercado real, tornando-se, portanto, uma empresa incubada. No estágio de incubação, são estabelecidos os primeiros clientes e formato o projeto de operação para um período de até 3 anos. Este ciclo finaliza com a graduação das empresas, cujo momento consiste no enfrentamento do mercado com os próprios recursos. Núcleos de Inovação e Difusão Tecnológica Melhoramento genético e reprodução O núcleo será composto por Laboratório de tecnologias da reprodução, com atuação nas áreas de apicultura, bovinocultura, caprinocultura e ovinocultura, além de uma estrutura física com baias individuais e coletivas para o desenvolvimento de cursos de inseminação artificial em ruminantes. Os cursos e o desenvolvimento de tecnologias serão demandados pelos integrantes das rotas do leite, mel e cordeiro. Desenvolvimento de produtos, processos e tecnologia de alimentos O núcleo será composto por um Laboratório de Processamento de Alimentos que será responsável pela oferta continuada de cursos de processamento de produtos apícolas, laticínios, carnes e frutas. Através de editais destinados a pesquisa aplicada, haverá estímulo ao desenvolvimento de novos processos e produtos das rotas da apicultura, leite, cordeiro e fruticultura em parceria com os CAMPI parceiros do projeto. Nutrição e alimentação animal no semiárido O núcleo será composto por Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal do Sertão Central (LABNAS) já pertencente ao Campus Boa Viagem, bem como por unidades de referência tecnológicas demonstrativas de forrageiras adaptadas ao Semiárido. Para a difusão de tecnologias, será criada uma unidade de processamento de rações e forragens envolvendo processos de conservação de alimentos. Em outro aspecto, o núcleo oferecerá suporte técnico aos produtores das rotas da integração nacional através da análise de ingredientes concentrados, forragens e de rações, bem como auxiliará os produtores na formulação de dietas balanceadas para os rebanhos. A difusão de tecnologias se dará através de eventos como dia de campo, cursos de formação inicial e continuada e fóruns. Plataforma Virtual e E-commerce A plataforma compõe um ambiente virtual e um e-commerce, visando promover a comunicação e a integração da sociedade, dos pesquisadores e dos investidores. O objetivo é criar um espaço que seja capaz de facilitar essa conexão entre os interessados. Para acessar a plataforma será necessário que o usuário realize um cadastro. Uma vez autenticado, será possível participar de fóruns, enviar e receber mensagens, visualizar editais disponíveis, comprar e vender tecnologias, sugerir ideias, participar de cursos, entre outras funcionalidades que auxiliem a interação entre quem faz e quem tem interesse em adquirir um produto ou serviço. Além disso, a plataforma também visa a capacitação de pessoas a fim de difundir as tecnologias utilizadas no segmento agrário e incentivar a criação de empresas incubadas (startups) para que elas utilizem essas tecnologias no campo. Desenvolvimento de Aplicativos No cenário atual, muitas tarefas são realizadas de forma manual e repetitiva, portanto serão disponibilizados aplicativos para smartphones a fim de auxiliar na execução das tecnologias por parte das startups. Será realizado um estudo por parte da equipe de TIC com o intuito de desenvolver soluções para dispositivos móveis que aumentem a produtividade dessas empresas incubadas. Vale salientar também que todos os aplicativos desenvolvidos irão persistir as informações em um banco de dados. Garantindo esse registro têm-se uma gerência consolidada, de modo que será possível exportar esses dados para planilhas eletrônicas e trabalhar com a análise desses registros. Para o desenvolvimento dessas soluções, será utilizado o conceito de metodologias ágeis onde o aplicativo é desenvolvido de forma incremental junto com o interessado, onde ele acompanha toda a construção do produto. Depois de concluído, o aplicativo será disponibilizado para instalação no smartphone dos usuários. Análise de Custos dos Sistemas de Produção e Definição de Unidades Mínimas Viáveis Serão determinados os custos de produção dos diferentes empreendimentos que compõem as rotas do cordeiro, leite, mel e fruticultura. Essa avaliação será realizada através de uma amostragem dos sistemas produtivos participantes das rotas da integração nacional, através da ação de coordenadores e bolsistas locais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia dos campi Boa Viagem, Crateús, Iguatu e Tauá. Serão realizados os acompanhamentos das unidades produtivas selecionadas durante o período de um ano, sendo quantificado os custos de produção e as receitas do empreendimento. Para a análise dos custos de produção e cálculo dos indicadores econômicos, será utilizado a metodologia dos custos operacionais de produção (MATSUNAGA et al., 1976). Esta metodologia foi adotada como base para o desenvolvimento do Sistema Integrado de Custos Agropecuários – CUSTAGRI (MARTIN et al., 1998). De acordo com a característica do custo em relação ao sistema de produção, a metodologia divide os mesmos em custos operacionais efetivos, custos operacionais totais e custo total. O custo operacional efetivo (COE) constituirá a somatória dos resultados de despesas que exige efetivamente o desembolso ou dispêndio em dinheiro, tais como: mão de obra, alimentação, sanidade, reprodução, despesas diversas e todos os impostos (LOPES; CARVALHO, 2002). O custo operacional total (COT) será obtido através da soma dos COE com os outros custos operacionais, tais como: depreciação de máquinas, encargos diretos (FGTS, INCRA, dentre outros), contribuições, seguros, encargos financeiros, despesas com administração, assistência técnica, dentre outros (MARTIN et al., 1998). O custo total de produção (CTP), será determinado através do somatório do COT com os outros custos fixos, tais como: arrendamento da terra, depreciação de culturas perenes e de animais de produção, remuneração do capital fixo em instalações, maquinarias, culturas perenes e animais (MARTIN et al., 1998). Após determinados os custos de produção, serão calculados os indicadores econômicos: Margem bruta (MB), Margem líquida (ML), Resultado (lucro ou prejuízo), Relação benefício/custo (B/C) e Taxa de remuneração do capital investido (TRCI), segundo metodologias descritas por Andrade et al. (2018). Os dados obtidos serão avaliados através de estatísticas descritivas, com o uso de planilhas eletrônicas, utilizando como ferramenta de trabalho o software Excel (Microsoft® Office Excel). Diagnóstico das Rotas da Integração Nacional e Determinação do Marco Zero A escolha das ferramentas metodológicas a serem utilizadas na execução de projetos são bem desafiadoras, haja vista, este projeto do CIDTS por possuir diversos segmentos de atuação feito a várias mãos, e ao mesmo tempo ter que articular todas as metodologias para um melhor desempenho das ações que garantirão o sucesso das metas e dos objetivos. A sistematização dessa metodologia serve para organizar a ordem de execução das tarefas, assim como, a otimização do tempo investido em cada uma das etapas. Para que isso ocorra é necessário alinhar com os outros setores outras questões importantes a serem observadas, como: os materiais usados, as expectativas do financiador, equipes envolvidas, instituições parceiras por exemplo. Como a metodologia se refere a parte exequível do projeto, ela precisa está bem detalhada da forma que esteja incluso, prazo de execução do projeto, as ações a serem desenvolvidas, os instrumentais a serem aplicados, a forma como serão aplicados os instrumentais, descrição dos sujeitos envolvidos. Toda essa descrição será apresentada após a justificativa dessa metodologia. O setor de diagnóstico ficará responsável pela execução de acordo com o objetivo 1, citado nesse projeto como, realizar diagnósticos e estabelecer o marco zero para avaliar os impactos dos investimentos realizados nas rotas do leite, mel, fruticultura e cordeiro. Teoricamente a metodologia escolhida para o setor de diagnóstico será a Cartografia Social. Esta traz a cartografia social como técnica de registro do estudo junto às comunidades locais com o objetivo de gerar instrumentos que contribuam para a manutenção do território, lócus do estudo, assim como, da qualidade de vida dessas populações afetadas pelo avanço do desenvolvimento econômico local. Essa mesma perspectiva do desenvolvimento local, só que no território do semiárido cearense dentro da atividade primária dos produtores de leite, mel, fruticultura e cordeiro encontram-se dentro de uma grande cadeia produtiva que reverbera em diversos setores, industriais e comerciais que envolve esta extensa cadeia produtiva que atrai cada vez mais pessoas e investimentos de ordem não somente local, mas regional, nacional e internacional. O interior do semiárido a despeito do desenvolvimento agropecuário que será tratado como um dos objetos tratados no projeto CIDTS não pode negar o conhecimento do pequeno e médio produtor em função da ampliação da capacidade produtiva dos polos do agronegócio nos mais diversos graus de atuação que vão desde o pequeno produtor ao grande. Nesse momento se faz necessário trazer o conceito de Cartografia Social: [...] CS afigura-se como um procedimento metodológico que visa a construção de mapas levando-se em consideração múltiplas dimensões, a saber, coletiva e participativa, necessárias para a produção do conhecimento presente no território. (TETAMANTI, 2012, p. 14 e 15) Sendo este o conceito de CS, vê-se claramente que o procedimento metodológico aludido leva em consideração os saberes coletivos, a participação coletiva presentes no território, portanto, os detentores desse conhecimento são as populações tradicionais locais que se apoderam desse território não somente pela exploração de seus recursos, mas valorizando a existência desses povos. Gorayeb, assim como Meireles e Silva (2015), expressam que a CS como uma proposta metodológica da Ciência Cartográfica que busca valorizar o conhecimento tradicional, popular, simbólico e cultural mediante as ações de mapeamento de territórios tradicionais, étnicos e coletivos, sendo este procedimento metodológico mais acertado de análise para refletir sobre o que ocorre nessas comunidades partícipes dessas rotas de integração. Para o desenvolvimento da coleta de dados de cada uma das rotas de integração deverá ser aplicado instrumentais de coleta que as obras sobre pesquisa científica Lakatos e Marconi (2003) oferecem esboços práticos que servem de orientação na montagem dos formulários, questionários, roteiros de entrevistas, escalas de opinião ou de atitudes e outros aspectos [...]. No caso do projeto CIDTS a entrevista será a forma precisa de coletar dados das rotas propostas. A entrevista, segundo Lakatos e Marconi: [...] é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. (LAKATOS E MARCONI, 2003, p. 195) O tipo de entrevista adotada no contexto das rotas será a Padronizada ou Estruturada que Lakatos e Marconi expressam da seguinte forma: [...] é aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas. Ela se realiza de acordo com um formulário (ver mais adiante) elaborado e é efetuada de preferência com pessoas selecionadas de acordo com um plano. O motivo da padronização é obter, dos entrevistados, respostas às mesmas perguntas. (LAKATOS E MARCONI, 2003, p. 197) Lakatos e Marconi (2003) o formulário a ser aplicado tem estrutura de perguntas de múltipla escolha as quais são perguntas fechadas, mas que apresentam uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. Outros aspectos importantes para a execução do diagnóstico são o perfeito entrosamento das tarefas organizacionais e administrativas com as científicas, obedecendo aos prazos estipulados pelo projeto, aos orçamentos previstos e ao preparo do pessoal a partir de treinamentos de como abordar e aplicar o instrumental. O prazo estipulado para a execução do diagnóstico das rotas e do marco zero ocorrerá durante o período de 12 meses com início no segundo semestre do ano vigente de 2021 a contar a partir do mês após o processo de seleção, treinamento e capacitação de bolsistas egressos (aplicadores dos formulários) através de edital amplamente divulgado para a comunidade externa dos Campis do Instituto Federal de Educação Técnica e Tecnológica do Ceará (Boa Viagem, Tauá, Crateús e Iguatu). Desse modo, a coleta de dados será realizada através do formulário que será aplicado com os produtores das regiões as quais as rotas de integração estão implantadas. Isso está descrito na Meta 1, no Item 12 Cronograma Físico-Financeiro deste projeto. Para que isso seja possível, o projeto deve ser submetido ao CEP - Comitê de Ética e Pesquisa do IFCE - Instituto Federal de Educação Técnica e Tecnológica do Ceará, a fim de atender a Resolução nº 466, de 12 de Dezembro de 2012, conforme o Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua 240ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 11 e 12 de dezembro de 2012, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei nº8.142, de 28 de dezembro de 1990, e considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos. A aplicação da entrevista atende também ao inciso II - Dos Termos e Definições da presente resolução que adota as seguintes definições: II. 1- achados da pesquisa -fatos ou informações encontrados pelo pesquisador no decorrer da pesquisa e que sejam considerados de relevância para os participantes ou comunidades participantes; II. 2- assentimento livre e esclarecido -anuência do participante da pesquisa,criança,adolescente ou legalmente incapaz, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dependência, subordinação ou intimidação. Tais participantes devem ser esclarecidos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa lhes acarretar, na medida de sua compreensão e respeitados em suas singularidades. (Resolução CNS nº 466_2012 - Normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos) Dessa forma, espera-se que os procedimentos metodológicos apresentados no setor de diagnóstico atendam às exigências legais e possa ser aprovado e assim realizar os levantamentos necessários, assim como publicar os resultados que auxiliaram futuras pesquisas com possibilidade de promover a implementação de políticas públicas voltadas para o setor ampliando a capacidade de agregar a inovação e melhores práticas para o desenvolvimento das potencialidades das regiões do sertão central cearense. Fomento ao desenvolvimento de Produtos Oriundos das Rotas da Integração Nacional O desenvolvimento de produtos se dará através da ação direta dos professores/pesquisadores em conjunto com as demandas elencadas de cada rota estudada em cada Campus parceiro. Através da oferta de um edital de pesquisa aplicada ao desenvolvimento de produtos e processos diversos testes, ensaios e pesquisas bem como tecnologias serão fomentadas e destinadas às rotas do leite, mel, fruta e cordeiro. As tecnologias desenvolvidas estarão disponíveis aos produtores através da integração com a plataforma virtual. Difusão Tecnológica A difusão tecnológica será realizada de diversas maneiras, tais como: cursos de formação inicial e continuada (FIC), unidades demonstrativas, fóruns, palestras, acompanhamento das propriedades e disponibilização de informativos técnicos na plataforma virtual, por meio de ações dos campi Boa Viagem, Crateús, Iguatu e Tauá. Serão realizados, anualmente, aproximadamente 30 cursos FIC, com carga horária mínima de 40 horas cada. Esses cursos terão por finalidade abordar assuntos das rotas do cordeiro, leite, mel, fruticultura, economia circular e tecnologia da informação e comunicação, promovendo capacitação técnica para produtores e técnicos que atuam nas rotas da integração nacional. Serão implantadas unidades demonstrativas de consórcios gramíneas-leguminosas, integração lavoura-pecuária-floresta-energia, fruticultura irrigada e pasto apícola, com o intuito de apresentar para os produtores possibilidades tecnológicas possíveis de serem implantadas no semiárido. No tocante aos fóruns, anualmente serão realizados 4 fóruns, sendo um por região (sertão central, inhamuns, sertão de crateús e centro-sul), com o intuito de promover difusão de conhecimentos e ações sobre as rotas da integração nacional aplicadas na região. Eventos de treinamento para produtores manusearem os aplicativos desenvolvidos pelo CIDTS também ocorrerão, sendo uma estratégia de estimular a prática da informatização dos empreendimentos rurais. Rotineiramente serão realizadas palestras através de plataforma virtual ou evento presencial, com o intuito de debater sobre assuntos relacionados às rotas da integração nacional, proporcionando uma maior capacitação técnica dos produtores e técnicos que atuam no setor. O acompanhamento das propriedades ocorrerá, principalmente, por meio da ação de bolsistas, permitindo uma interação entre o setor produtivo e o CIDTS. Por meio desse acompanhamento, será possível auxiliar os produtores na implantação de tecnologias, análises de solos e formulação de dietas para os animais. Dessa forma, espera-se que ocorra melhorias nos indicadores produtivos. No que diz respeito a plataforma virtual, a mesma será uma excelente ferramenta de divulgação tecnológica, informação de preços e demais assuntos relacionados às rotas da integração nacional, como abordado em tópicos anteriores.
Voltar